domingo, 11 de julho de 2010

Enquete aponta que 81,7% da população é contra a proibição de barracas nas ruas Minas Gerais e Estado do Rio durante a Festa do Senhor Bom Jesus da Cana Verde

De Siqueira Campos
Da Editoria

A fim de saber a opinião da população sobre a polêmica instalada com a proibição de instalação de barracas nas ruas Minas Gerais e Estado do Rio, ruas paralelas ao Santuário do Senhor Bom Jesus da Cana Verde onde acontece a tradicional Festa do Padroeiro de Siqueira Campos.  De um lado está a paróquia que pediu a proibição das barracas nas ruas, e do outro lado estão os moradores da redondeza que comercializam os espaços frente as suas casas para os barraqueiros.
Durante os dias 8, 9, 10 e 11 o Jornal Correio do Norte colocou uma equipe de entrevistadores nas ruas para ouvir a opinião das pessoas sobre o assunto. A enquete foi simples e objetiva onde ouviu 432 pessoas, as entrevistas ocorreram por toda cidade entre centro e bairros urbanos.  Duas perguntas foram feitas para os entrevistados:
1) Você é a favor de proibir a instalação de barracas nas Ruas Minas Gerais e Estado do Rio durante a Festa do Senhor Bom Jesus da Cana Verde? 
Sim, sou a favor de proibir - Não, sou contra a proibição
2) Se liberar o trânsito para carros nas ruas em volta do Santuário durante a Festa do Bom Jesus da  Cana Verde. Você acha que isso poderá trazer algum perigo de acidente e não deve ser liberado ou a liberação não traz riscos e é benéfica? 
Sim traz riscos e sou contra a liberação - Não e sou a favor de liberar o trânsito.
Na pergunta N°1 os entrevistados apontaram 81,7% disseram não a proibição das barracas nas Ruas Minas Gerais e Estado do Rio, e apenas 18,3% são a favor de proibir as barracas nas ruas. Já na segunda pergunta a população se mostrou preocupada com a liberação do trânsito para carros nas ruas Minas Gerais e Estado do Rio, pois 78,2% acreditam que a liberação das ruas para automóveis trará risco de acidentes, já 20,8% dos entrevistados acham que não trará problemas a liberação da rua.
O CN apurou que na faixa etária entre 16 e 30 anos de idade e 31 a 46, as opiniões não mudam, já nos entrevistados acima de 47 anos há certo equilíbrio aonde os votos de proibição das barracas chegaram a 42,9% mas mesmo assim perdeu para os que querem a liberação das barracas na localidade com 57,1% das opiniões. Dos 432 entrevistados 62,5 % são do sexo masculino, e são a favor da liberação de instalação de barracas com 83,2%, já para a liberação do trânsito de carros 78,8% são contra e não querem carros nas ruas nos dias de festa. Já as mulheres que somam 37,5% dos entrevistados tem a opinião parecida com as dos homens onde 79,1% também são a favor da liberação das barras, e 76,5% das mulheres também são contra o trânsito de carros nas ruas.
Os entrevistados de todas as faixas etárias e sexo apontaram que são contra a proibição das barracas nas ruas Minas Gerais e Estado do Rio e também não querem a liberação dos carros nas ruas nos dias de festas.
 Entenda o caso
No dia 29 de abril entrou em vigor o decreto de autoria do Poder Executivo proibindo a instalação de barracas nas envoltas do santuário. O decreto também proíbe a venda de bebidas alcoólicas destiladas. O decreto foi motivado pelo ofício nº 35 da Paróquia Divino Espírito Santo. No seu texto o decreto traz a proibição da venda de bebidas alcoólicas destiladas nas calçadas e vias públicas que circundam o Parque de Festas do Santuário do Senhor Bom Jesus da Cana Verde. Também foi proibida a instalação de quaisquer barracas ou artefatos que impeçam o fluxo de pedestres ou veículos nas Ruas Minas Gerais, Estado do Rio e Avenida Joaquim Antonio de Carvalho e suas referidas calçadas.
Para o Pároco Frei Cláudio Sergio de Abreu essa decisão irá ajudar a inibir o alcoolismo entre os jovens e também ajudar na locomoção de fiéis sendo o principal objetivo da festa a devoção ao Senhor Bom Jesus da Cana Verde. “Queremos humanizar e trazer o verdadeiro sentido da festa” frisou.
A atitude da Paróquia revoltou os moradores de volta do Santuário que sempre comercializavam os espaços em frente as suas casas para os “barraqueiros”. Com isso os moradores se mobilizaram e buscaram a revogação do decreto na Câmara de Vereadores. Eles alegaram aos vereadores que a comercialização dos espaços durante a festa é certa compensação do barulho produzido pela movimentação da festa durante dez dias. Está marcada para esta terça-feira (13) a votação do projeto que revoga alguns pontos do decreto polêmico.  Os vereadores prometeram dar um fim na polêmica na terça-feira, já que a festa começa no fim deste mês.