quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Lupion assume a presidência da Comissão da Agricultura da Câmara dos Deputados

Deputado está preocupado com o prejuízo dos produtores de feijão no Paraná


BrasíliaO deputado federal Abelardo Lupion (DEM) assume, no próximo dia 10 de março, a presidência da Comissão da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. O nome do paranaense foi escolhido por unanimidade pela bancada democrata da Câmara dos Deputados para substituir o, então presidente, deputado federal Fabio Souto (DEM/BA). A Comissão da Agricultura é formada por quarenta membros, mais quarenta suplentes. De acordo com Lupion assuntos como a renegociação das dívidas dos agricultores e outros ligados a biotecnologia, estão na pauta da Comissão de Agricultura para discussão.
Ainda em Brasília, nesta quinta-feira, em reunião com o ministro da Agricultura, Reinhold Sephanes, Lupion pediu ao ministério que adote mecanismo de sustentação do preço mínimo do feijão para a comercialização da safra em andamento no Paraná. Os produtores da região estão tendo que vender o produto com preços abaixo do mínimo pressionados pelo excesso de oferta. Para o deputado, o Ministério da Agricultura, por meio da Conab, tem que entrar no mercado para regular a oferta e garantir o preço mínimo ao produtor, com objetivo de evitar prejuízos ao setor, já prejudicado pelos problemas com o trigo na safra 2009/2010.
No Paraná os produtores de feijão são formados por pequenos e médios plantadores, com uma produção média por propriedade de 1800 a 2000 mil sacos. Entretanto, a CONAB estabeleceu a aquisição por meio dos mecanismos de comercialização (AGF) de até 250 sacos por produtor. Com o excesso de oferta os produtores são pressionados pelos compradores a venderem feijão em média a R$ 45,00 a R$ 55,00 a saca, com perdas de até R$ 10,00 por saca do produto.
Se o preço do feijão não recuperar poderá comprometer, também, o plantio da safra de feijão do Centro-Oeste, que se dá no meio do ano. Os produtores podem optar por outras culturas mais rentáveis em função do baixo preço. “Essa conjuntura poderá reduzir a oferta no segundo semestre e provocar a elevação do preço do feijão para o consumidor”, avalia Lupion.
Participaram da reunião representantes das cooperativas agrícolas paranaenses, dos sindicatos rurais e também dos secretários municipais de agricultura do Paraná.

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