terça-feira, 18 de outubro de 2011

Lixo importado


Empresa pernambucana sabia que importava lixo hospitalar dos EUA, diz Vigilância Sanitária

A Apevisa (Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária) informou nesta terça-feira (18) que já possui os dados da movimentação e dos contratos de importação da empresa Império do Forro de Bolso, acusada de receber restos e lixo hospitalares para reaproveitá-los e vendê-los como retalhos para fábricas do setor têxtil.
Segundo a Apevisa, a empresa norte-americana fornecedora dos “tecidos de algodão com defeito” não se trata de uma indústria têxtil, mas, sim, de uma indústria especializada em reciclagem de lixo hospitalar.
O gerente-geral da Apevisa, Jaime Brito de Azevedo, afirmou que os proprietários da NA Intimidade Ltda nome oficial da Império do Forro de Bolso sabiam que o material importado se tratava de descartes hospitalares.
Segundo Azevedo, o material hospitalar era entregue pelas unidades de saúde à usina de reciclagem para que fosse dado o destino final, seguindo as normas sanitárias. Mas, em vez de incineração ou descarte correto, os produtos acabavam sendo exportados para o Brasil.
“Não temos dúvidas de que os proprietários da Império do Forro sabiam da procedência do material, pois encontramos nos galpões tecidos que contêm logomarcas de hospitais norte-americanos, e muitos deles estavam sujos de manchas marrons. A empresa realmente sabia que os tecidos faziam parte do lixo descartado de serviços de saúde dos Estados Unidos”, afirmou.
O empresário Altair Teixeira de Moura, em entrevista exclusiva ao UOL Notícias nesta segunda-feira (17), afirmou que foi vítima de um golpe, já que a empresa de reciclagem sempre teria mandado tecidos limpos, nunca manchados de sangue. Ele alega ter laudos da Receita Federal autorizando a importação.
Mas o gerente regional da Apevisa em Caruaru, Antônio Figueiredo Vasconcelos Júnior, afirmou que “não tem como os proprietários da Império do Forro alegarem que foram vítimas de golpe porque eles já lidavam com o material similar encontrado nos contêineres no porto de Suape”. “Se eles tinham contrato com empresa de reciclagem de lixo, como é que iam importar tecidos limpos?”.
Material similar
Segundo o gerente-geral da Apevisa, o material apreendido nos três galpões – Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru – é similar ao encontrado dentro dos dois contêineres apreendidos no Porto de Suape.
Jaime Azevedo afirmou que encontrou no galpão em Caruaru tecidos e forros de bolsos com manchas escuras e matéria orgânica em estado de putrefação, já com colônia de fungos. “A diferença é que não encontramos seringas, luvas, entre outros materiais de lixo hospitalar.”
Para Azevedo, o lixo hospitalar já teria sido separado dos tecidos sujos e descartado com destino incerto pela Império do Forro de Bolso no momento em que os fardos da mercadoria foram desembalados.
“A característica dos tecidos que estão nos galpões das lojas, que são lençóis em sua maioria, são muito parecidas. Encontramos vários deles com manchas escuras, que podem ser de sangue, além de logomarcas iguais aos tecidos que estão nos contêineres em Suape.”
PF no caso
A Polícia Federal informou nesta terça-feira que já designou um delegado para investigar o caso, a pedido do MPF (Ministério Público Federal), mas antecipou que o inquérito ainda não foi instaurado -- o que deve acontecer esta semana.
A PF disse ainda que não poderá divulgar partes da investigação por se tratar de um assunto de segredo de Justiça. Segundo a Apevisa, a empresa Império do Forro de Bolso infringiu a lei que trata da Política Nacional de Resíduos e proíbe a importação de lixo de outros países para o Brasil.
A Apevisa destacou ainda que a empresa descumpriu as resoluções que tratam de resíduos em portos (RDC 56/2008), e do destino final de materiais descartados em serviços de saúde (RDC 306/2004).
Segundo a Apevisa, caso sejam comprovados os delitos, a empresa poderá ser multada de R$ 2.000 a R$ 1,5 milhão e perder o alvará de funcionamento.


Oposição defende afastamento de ministro e diz que permanência dele no cargo gera suspeitas
Os líderes da oposição defenderam nesta terça-feira o imediato afastamento do ministro do Esporte, Orlando Silva, acusado de receber propina e chefiar um suposto esquema para desviar dinheiro da pasta por meio do Programa Segundo Tempo. Para os parlamentares, a saída do cargo é essencial para que as investigações do caso, tocadas pela Polícia Federal e Procuradoria Geral da República, ocorram com total isenção.
“Se o governo fosse sério, a presidente Dilma (Rousseff) teria afastado ele de imediato. O ministro insiste em ficar no cargo para apagar impressões digitais (do esquema de corrupção). Fica a suspeita de que, com ele no comando do ministério, possa ocorrer a adulteração de documentos e todo tipo de maquiagem nos contratos”, alertou o líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR).
Para o parlamentar, o afastamento de Orlando Silva daria ao governo o argumento de que as investigações serão feitas sem qualquer tipo de interferência. “Até porque novas denúncias estão surgindo. Depois, se nada ficar comprovado contra o ministro, ele pode voltar com mais força ainda”, argumentou Bueno.
 Oposição quer ouvir denunciantes
Os líderes da oposição também insistem em ouvir na Câmara o policial militar João Dias Ferreira, e o motorista Célio Soares Pereira, denunciantes do esquema de corrupção no Ministério do Esporte. O PPS já apresentou, na segunda-feira, requerimento para realização de audiência pública com os dois na Comissão de Turismo e Desporto. Na avaliação da oposição, não há sentido o ministro ser ouvido nesta terça-feira, antes da Câmara colher a versão de quem fez a denúncia.
“Não basta o ministro vir aqui para montar palanque e plateia”, resumiu o líder do DEM, deputado ACM Neto (BA).  O líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (PSDB), reforça ainda a necessidade do aprofundamento da investigação. “Já surgiram novas denúncias, como esse caso do terreno em Campinas. A oposição defende o afastamento do ministro e o desdobramento das investigações”, disse.


Mega-Sena pode pagar
R$ 2 milhões nesta quarta
Caso o apostador aposte as seis dezenas poderá comprar 80 carros populares com o valor.
Após sortear um prêmio acumulado de R$ 45 milhões no último sábado (15), a Mega-Sena pode pagar R$ 2 milhões para quem acertar os seis números, que serão sorteados, nesta quarta-feira (19).
Caso somente um apostador acerte as seis dezenas do concurso 1.329, ele poderá se aposentar com uma renda de mais de R$ 14 mil por mês, apenas investindo o valor do prêmio na Poupança. A bolada é suficiente ainda, para montar uma frota de 80 carros populares, ou 400 motos de 125cc.
As apostas custam a partir de R$ 2,00 e podem ser feitas até uma hora antes do sorteio.

Requião surta e diz que presidente 
da Renault foi grosseiro

Do Bem Paraná
O senador e ex-governador Roberto Requião (PMDB) ficou possesso com as declarações do presidente mundial da Renault, Carlos Ghosn, que em recente anúncio de ampliação da fábrica e novos investimentos no Paraná, reclamou que a empresa teria sido maltratada nos oito anos em que o peemedebista esteve no comando do Estado. Em discurso no Senado, ontem, Requião disse que Ghosn foi “grosseiro e mentiroso”.
No dia 5, em uma assinatura de protocolo, em Curitiba, entre a Renault e o Governo do Paraná, Calor Ghosn aceitou “desculpas” pedida por Beto Richa e disse que o então governador Requião nunca foi recebê-lo na fábrica, em suas visitas anuais à unidade de São José dos Pinhais. “Não fomos bem tratados nos últimos oito anos. Nesse período, visitei a fábrica todos os anos e nunca encontrei o governador”, disse o executivo. “Veja só, ele queria que em suas alegadas visitas anuais à fábrica da Renault no Paraná, o governador do estado estivesse lá, na porta da fábrica, todo pressuroso, genuflexo, de mãos postas, dizendo bwana, bwana , como fez o governador que me antecedeu e agora repete o que me sucedeu”, reagiu o senador.
No discurso, Requião confirma que condenou os incentivos fiscais concedidos pelo governo Jaime Lerner as montadoras. “Ao mentir sobre os tais “maus tratos” o senhorzinho Ghosn deixou de mencionar que nunca me pediu uma audiência. Certamente

Nenhum comentário: