quarta-feira, 21 de março de 2012

Teto salarial


Luiz Antônio quer teto salarial para médicos plantonistas

Prefeito de Siqueira Campos diz que valores pagos em cidades vizinhas inflacionam folha de pagamento do município

Agências

O prefeito de Siqueira Campos, Luiz Antônio Liechock (PMDB) propôs, durante a primeira sessão ordinária da Associação dos Municípios do Norte Pioneiro (Amunorpi), realizada na sexta-feira (16) um limite para os valores pagos aos médicos plantonistas. Segundo ele, alguns municípios, para não ficarem sem o serviço, inflacionam o valor e, com isso, incentivam a alta dos vencimentos pagos aos médicos ocasionando, em alguns municípios, um aumento orçamentário. 
Liechock paga aos plantonistas no seu município, R$ 1,1 mil por um plantão de 24 horas. Valor que chega a R$ 1,3 nos fins de semana, mesmo assim, encontra dificuldades para manter o quadro de 11 plantonistas completo. “É difícil segurar um médico aqui quando alguns municípios pagam bem mais”, afirma o prefeito. Ele pediu aos colegas que repassem os valores pagos em seus municípios à secretaria da Amunorpi com o objetivo de uma possível negociação para chegar a um valor médio que seria adotado pelos municípios que compõem à entidade, porém, o presidente da Amunorpi, Eduí Gonçalves (PMDB), prefeito de Guapirama, disse que será difícil padronizar porque o fluxo de atendimento nos plantões varia muito de município para município. A prefeita de Santo Antônio da Platina, Maria Ana Pombo (PT), que é médica, concorda.  “Não sei quantos atendimentos são feitos nos municípios com menos habitantes, mas aqui é comum aparecer cerca de 50 pacientes durante um plantão, enquanto que em cidades menores o movimento também é menor,  daí a diferença na remuneração”, explica a prefeita. No município o plantonista recebe R$ 1, 6 mil por um plantão de 24 horas. Em Jacarezinho, onde o valor do plantão não difere muito do pago em Santo Antônio da Platina, o valor já deve ser alterado hoje, já que lá, além da concorrência com os municípios da região, também existe a facilidade que os médicos têm de trabalhar nos plantões na cidade de Ourinhos, no estado de São Paulo, que fica a apenas 20 quilômetros de distância e onde os pagamentos são mais atrativos.  No entanto, a prefeita Tina Toneti (PT) é favorável a elaboração de uma tabela que poderá ser usada pelos prefeitos como referência.    
Para o presidente da entidade, o que poderia ser feito seria a divulgação dos valores pagos nos plantões em cada município e, a partir daí, os prefeitos poderiam planejar o serviço de acordo com os profissionais necessários e com a possibilidade de pagamento de cada prefeitura.   

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